domingo, 5 de dezembro de 2010

Farinha de Banana Verde


FARINHA BANANA VERDE


A banana é um alimento indispensável para quem quer manter o corpo saudável e esbelto. Essa fruta é excelente opção para quem malha, sofre com problemas digestivos, vítimas da tensão pré-menstrual, assim como aqueles que têm cãimbras.
A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo produzida na maioria dos países tropicais (SOUSA et al., 2003), representa a quarta fonte de energia depois do milho, arroz e trigo. Sua alta concentração de amido a partir do processamento em farinha é de interesse como fonte alimentar e propósito industrial. Em países como o Brasil e a Venezuela, onde se consome muito trigo importado, este pode ser mesclado com outros cereais e vegetais com alto conteúdo de amido como fontes de nutrientes com menos custos (PACHECO-DELAHAYE; TESTA, 2005).

Composição
A farinha da banana verde é rica em carboidratos, vitaminas A e C, fibras, potássio, e triptofano substância que aumenta os níveis de serotonina e age como um calmante, antidepressivo.

Outro componente importante é o amido resistente que no intestino grosso é digerido pelas bactérias benéficas existentes nesse orgão o resultado dessa digestão é produzir substâncias que são benéficas, tanto no intestino grosso como no nosso organismo em geral. Esses benefícios protegem contra câncer de intestino e evitam o aumento de glicose no nosso sangue e conseqüêntemente previne o diabetes, tipo II auxilia na redução do colesterol e promove saciedade.
A farinha de banana verde ainda é rica em vitaminas do complexo B, vitamina C, que tem poderosa ação antioxidante; e vitamina A, importante para a saúde da pele.
Sua qualidade depende de vários fatores incluindo matéria-prima, método de secagem, técnicas de procedimentos e forma de armazenamento.

Modo de Usar
Consumir apenas 2 colheres de sopa de farinha de banana verde ao dia. Incluindo essas porções no almoço e jantar. Podendo ser diluída em água ou bebida de preferência

Considerações Importantes
Não existem relatos de contra indicações no entanto é importante a orientação de um médico ou nutricionista em caso de gravidez ou amamentação.
É importante a ingestão de bastante líquido, pois sem hidratação e um alto consumo de fibras pode gerar prisão de ventre e ressecamento das fezes.


Comprovação Científica
Esse alimento passou por diversos testes no laboratório de química e bioquímica do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Os pesquisadores desenvolveram então a farinha de banana verde.
Para dar uma pitada de sabor e saúde à vida dos celíacos, pesquisadora da Universidade de Brasília criou receita inédita de macarrão sem glúten, substituindo a farinha de trigo por farinha de banana verde. O produto custa três vezes menos do que o macarrão para celíacos vendido nos supermercados e pode ser fabricado em casa. Além disso, pode ser consumido por toda a população, é mais nutritivo e tem menor valor calórico.O macarrão foi desenvolvido durante a pesquisa de doutorado Massa de banana verde: uma alternativa para a exclusão do glúten. A nutricionista Renata Zandonadi, autora do projeto, faz parte do Grupo de Pesquisa em Qualidade Nutricional da UnB e se interessa pela doença celíaca desde a graduação.
Veja no final deste post mais publicações científicas.

Receita 01
Bolo de Farinha de Banana Verde
Ingredientes:
1 ovo grande caipira ou orgânico
¼ de xícara de açúcar mascavo light
1 xícara de farinha de banana verde
1 xícara de farinha de arroz integral
1 xícara de chá verde
¼ de xícara de óleo de canola ou soja
1 colher de sopa de levedo de cerveja
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
Bananas cortadas em rodelas
Modo de Preparo:
Antes de iniciar esta receita, ligue o forno (180°C). Bata o ovo com o açúcar, acrescente o óleo e misture bem. Em seguida, acrescente o chá e as farinhas. Bata por 3 minutos até ficar homogêneo. Após bater bem, acrescente o fermento em pó. Bata por mais 2 minutos. Coloque numa forma untada com óleo de canola ou soja, adicione a massa, acrescente por cima as rodelas de banana e asse até dourar.

Publicações Científicas Testando a Banana Verde

AÇÃO ANTI-ULCEROGÊNICA
Um flavonóide natural presente na polpa de banana verde (Musa sapientum L. var. paradisiaca) protege a mucosa gástrica de erosões induzidas por aspirina
Autor(es): Lewis DA; Fields WN; Shaw GP
Resumo: Este trabalho utilizou um ingrediente ativo anti-ulcerogênico conhecido como flavonóide leucocianidina, extraído de bananas verdes, que demonstrou significante efeito protetor na mucosa gástrica contra erosões provenientes do uso de aspirina. A pesquisa sugere que houve o aumento da resistência contra substâncias capazes de provocar úlceras na mucosa, como também de promover a cura pela indução da proliferação celular.

Influência das variáveis biológicas sobre o efeito anti-ulcerogênico de diferentes espécies de bananas 
Autor (es): Goel RK; Chakrabarti A; Sanyal AK
Resumo: Os efeitos anti-ulcerogênicos da banana têm sido alvo de diversos estudos, porém a influência das diferentes variáveis biológicas como tamanho (indicando maturidade), estação do ano e tipo de solo sobre esses efeitos não têm sido relatados. O princípio anti-ulcerogênico da banana parece estar presente em maior quantidade em bananas não maduras, ainda verdes, e varia conforme as estações do ano e o local da Índia subcontinental (Paquistão, Sri Lanka e Bangladesh), sofrendo então influência da temperatura local. Tais efeitos anti-ulcerogênicos parecem estar relacionados ao fortalecimento de fatores de resistência da mucosa gástrica.

AÇÃO HIPOGLICEMIANTE
Efeito hipoglicemiante do extrato metanólico do fruto verde de Musa paradisiaca (Musaceae)  em camundongos normais e diabéticos
Autor(es): Ojewole JA; Adewunmi CO
Resumo: A diabetes mellitus é uma doença hormonal degenerativa que requer rígido controle glicêmico e a prevenção de complicações é de grande importância. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito hipoglicemiante do extrato metanólico de frutos verdes de Musa paradisiaca (banana verde) em camundongos normais (normoglicêmicos) e tratados com estreptozotocina, droga indutora de diabetes (hiperglicemia), usando clorpropamida como agente hipoglicemiante controle. Os resultados indicaram que, em mamíferos, o extrato metanólico de bananas verdes possui atividade hipoglicemiante.
Embora o mecanismo de ação do produto estudado ainda não esteja claro, parece ocorrer em parte pela estimulação da produção de insulina e subsequente utilização da glicose.Todavia, os achados deste experimento em animais indicaram que o extrato metanólico de bananas verdes possuem ação hipoglicemiante, dando assim crédito ao uso popular desse fruto no tratamento e/ou controle de casos incipientes de diabetes do tipo 2 entre o povo Yorubá do sudoeste da Nigéria.

PREVENÇÃO DE CÂNCER DE CÓLON
Amido resistente e câncer colo-retal.
Autor(es): Young GP; Le Leu RK
Observação: O câncer colo-retal abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto. Quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. Em termos de incidência, o câncer de cólon e reto é a terceira causa mais comum de câncer no mundo em ambos os sexos e a segunda causa em países desenvolvidos.
Resumo: Existem diversas formas de se verificar a relação entre o amido resistente (AR) e o desenvolvimento de câncer colo-retal (CCR). Entre elas, estudos epidemiológicos que visam testar os efeitos do AR nos seres humanos, mais especificamente em eventos biológicos relacionados ao CCR, e estudos em modelos animais em que mecanismos de defesa podem ser estudados. Nove estudos epidemiológicos estudaram a relação entre o amido e CCR e/ou adenomas. A maioria deles apresentou um significativo efeito protetor. Entretanto, os métodos epidemiológicos para mensurar o consumo de AR
são escassos e dessa forma, os benefícios do AR podem somente ser inferidos. Comparativamente, a agnitude da proteção do amido parece ser da ordem de 25-50%. Estudos em humanos examinaram o efeito de vários tipos e quantidades de consumo do AR sobre a microbiota colônica. De um modo geral, nesses estudos, o AR parece amolecer as fezes e aumentar o bolo fecal, reduzindo o pH e aumentando a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), incluindo o butirato. Esse processo reduz os produtos decorrentes da fermentação de proteínas e diminui a quantidade de sais biliares no líquido fecal. Assim sendo, mudanças podem ser observadas após um período de cerca de 4 semanas a partir do início do consumo de AR. Ao se examinar os efeitos do AR sobre a microbiota colônica e biomarcadores para CCR, em animais, é possível confirmar e estender os resultados para os humanos. O AR modifica o ambiente da região do cólon, principalmente através de uma melhor fermentação de polissacarídeos e proteínas. O AR também atua em nível da biologia celular através do aumento da apoptose (destruição) de células geneticamente danificadas. Mais trabalhos se mostram necessários para definir quais tipos e quais combinações de AR, talvez com prebióticos, exerceriam maiores efeitos sobre o ambiente colônico e a biologia celular, para então realizar testes em modelos de câncer buscando seu efeito protetor.
CONCLUSÃO: O consumo de AR afeta positivamente a microbiota do cólon e facilita a apoptose de células geneticamente danificadas no cólon, considerados como sendo alguns dos biomarcadores associados ao risco de CCR. Esses efeitos podem ser interpretados como um reflexo da melhoria da saúde do cólon, que podem auxiliar na proteção contra o CCR.

AÇÃO ANTIOXIDANTE
Alto teor de dopamina, um poderoso antioxidante, em bananas do tipo Cavendish

Author(s): KANAZAWA K.; SAKAKIBARA H.

Resumo: Um poderoso antioxidante solúvel em água foi identificado na banana mais comercializada em todo o mundo, a Musa cavendishii. É o caso da dopamina, uma das catecolaminas. Para reprimir o consumo de oxigênio do ácido linoléico em uma emulsão e remover radicais difenilpicrilhidrazil, descobriu-se que a dopamina tinha maior potência do que a glutationa e alguns suplementos alimentares, e potência similar aos mais fortes antioxidantes como a galato-galocatequina e o ácido ascórbico. A banana contém dopamina em níveis elevados, tanto na casca quanto na polpa. Níveis de dopamina variaram de 80-560 mg por 100 g de cascas de frutas e 2,5-10 mg na polpa, mesmo em bananas maduras. Sendo assim, a banana é um alimento antioxidante.

PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS
Digestibilidade in vitro de biscoitos preparados com amido de banana.
 

Autor(es): Bello-Perez LA; Sayago-Ayerdi SG; Mendez-Montealvo G; Tovar J
Resumo: O amido de banana foi isolado e utilizado na preparação de dois tipos de “cookies” (biscoitos). Testes quanto à composição química e a digestibilidade foram efetuados no amido de banana e nos produtos fabricados com ele, e os resultados foram comparados ao amido de milho. Os teores de sais minerais, proteínas e gordura do amido de banana foram mais altos quando comparados ao amido de milho. A grande quantidade de sais minerais no amido de banana pode ser devido ao teor de potássio presente nesta fruta. Análises se mostraram similares entre os produtos preparados com o amido de banana e aqueles preparados com amido de milho. O teor de amido disponível na preparação com amido de banana foi de 60%. O amido de banana e os produtos fabricados com ele (biscoitos) apresentaram maiores níveis de amido resistente que aqueles feitos com amido de milho.


Viabilidade da utilização da polpa da banana (Musa sp) nanicão verde em formulação de macarrão
Autor (a): Magda Sinigallia Taipina, Maria Auxiliadora de Brito Rodas, Maria Lima Garbelotti, Simone Alves da Silva
Resumo: O Brasil aponta mudanças no perfil socioeconômico e demográfico e a política de ajuste econômico vem afetar o padrão alimentar do povo. A aplicação da polpa de banana (Musa sp) verde no desenvolvimento de subprodutos alimentícios pode constituir fonte promissora para o conjunto agroindustrial. A polpa de banana é rica em macronutrientes (carboidratos, lipídios, proteínas) e micronutrientes (minerais).O objetivo deste estudo foi determinar a composição centesimal e calórica de macarrão com e sem adição de polpa de banana Nanicão verde, avaliando sua aceitabilidade sensorial.
A análise físico-química e sensorial foi realizada conforme metodologias do Instituto Adolfo Lutz (SãoPaulo/SP). Do ponto de vista nutricional, o macarrão adicionado da polpa de banana verde mostrou ser mais interessante, considerando o maior teor de fibra alimentar e o menor valor de lipídios, com redução de valor calórico. Apesar da diminuição de proteínas, mostra ser boa fonte de nutrientes. Quanto à aceitabilidade sensorial não houve diferença significativa entre macarrão com e sem polpa de banana verde, sendo que 70,7% dos consumidores reportaram comprar o novo produto. É importante introduzir fontes alimentares alternativas, que estejam ao alcance da população carente no combate à fome e desnutrição. A utilização da polpa de banana verde, considerada um alimento funcional, torna uma proposta de alimentação saudável por agregar valor nutricional, com redução de excesso de nutrientes.
Mesmo que haja necessidade de se obter maiores informações sobre a otimização tecnológica, há suficientes evidências da recomendação de sua incorporação em produtos como farinhas, macarrão, maionese, embutidos, sucos geléias patês e sorvetes.

Aceitabilidade sensorial de suco de manga adicionado de polpa de banana (Musa sp) verde
Autor(es): Taipina, Magda Sinigallia; Cohen, Victor Haim; Del Mastro, Nélida Lúcia; Rodas, Maria Auxiliadora de Brito; Della Torre, Jussara Carvalho de Moura
Resumo: A aceitabilidade de suco de manga (Mangifera indica), adicionado ou não com polpa de banana (Musa sp) verde, foi avaliada utilizando escala hedônica em relação aos atributos de cor amarela, aroma, sensação na boca, sabor e doçura. Participaram dos testes sensoriais 59 consumidores de sucos de frutas, previamente avaliados quanto ao perfil de características específicas. Através do perfil de características dos julgadores observou-se, principalmente, que o hábito de consumo de sucos de frutas foi com frequência diária para 54% das mulheres e semanal para 61% dos homens. A faixa etária dos julgadores variou de 20 a 60 anos, sendo que 49% dos homens e 36% das mulheres tinham concluído o nível universitário. Para a cor amarela, aroma e doçura não houve diferença significativa entre os sucos de frutas avaliados. Os sucos de manga variaram entre si para os atributos de sensação bucal e sabor, sendo o suco adicionado de polpa mais aceito, revelando intenção de compra satisfatória. O suco de manga adicionado de polpa de banana verde foi caracterizado como viscoso, doce e levemente adstringente.


*OBSERVAÇÃO ANTES DE INICIAR QUALQUER TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PROCURE SEU MÉDICO OU NUTRICIONISTA PARA UM MELHOR ACOMPANHAMENTO*


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